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Manifesto

Enfermeiros no debate pelo SIM à despenalização da IVG se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.

O debate em torno das diversas questões nacionais, é um direito e até um dever cívico, que nos deve mobilizar a todos.
Daí que debater a Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), é particularmente importante para quem trabalha na área da Saúde, nomeadamente para nós que somos Enfermeiros e que diariamente nos confrontamos com a clandestinidade com que ainda hoje ocorre, quase 33 anos após o 25 de Abril.

No referendo marcado para 11 de Fevereiro, pretende-se perceber se os Portugueses querem ou não manter na ilegalidade e continuar a penalizar as mulheres que pelas mais variadas razões optam pela IVG clandestina, vulgo aborto.

Faz sentido então marcar posição, independentemente das convicções político-religiosas que cada um de nós possa ter e acima de tudo esclarecer e informar a população para que vote conscientemente.

Cabe-nos portanto e como melhor conhecedores desta realidade denunciar os falsos moralismos e a hipocrisia:

- Dos que sabem que quem quer, necessita ou é obrigada a abortar, acabará por fazê-lo, correndo o risco de morrer num qualquer vão de escada ou de uma qualquer infecção oportunista, quando pode e deve fazê-lo com as devidas condições de assepsia e segurança;

- De quem alega, que a descriminalização da IVG acarreta custos elevados para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas esquece que, decorrente de Aborto clandestino, um tratamento de uma mulher em coma ou com sépsis (que recorre posteriormente aos Serviços do SNS) ou que morre, não tem preço, até porque muitas vezes deixa filhos e família órfã; Devemos portanto participar no debate no sentido de esclarecer, de informar, de dizer de viva voz que defendemos um País mais evoluído, que proteja as suas filhas, mães e avós, - dos que sabem que quem quer, necessita ou é obrigada a abortar, acabará por fazê-lo, correndo o risco de morrer num qualquer vão de escada ou de uma qualquer infecção oportunista, quando pode e deve fazê-lo com as devidas condições de assepsia e segurança;

- De quem defende o planeamento familiar para evitar a gravidez indesejada, mas condena a utilização do preservativo e de outros métodos anticoncepcionais;
Mas também a consciente inépcia que os vários governos têm dedicado ao Planeamento Familiar, em que só o voluntarismo de alguns Enfermeiros, Médicos e outras pessoas das áreas da Saúde e da Educação, tem permitido manter consultas, sessões de formação e informação, aulas em escolas, etc, quando cada vez faltam mais profissionais, espaços, meios e ultimamente até alguns contraceptivos nas, instituições, designadamente nos Centros de Saúde.

Devemos portanto participar no debate no sentido de esclarecer, de informar, de dizer de viva voz que defendemos um País mais evoluído, que proteja as suas filhas, mães e avós, mas também os rapazes e homens que fazem parte das suas vidas.

Como Enfermeiros, temos que intervir nos locais em que exercemos, não só prevenindo a gravidez indesejada, mas também promovendo a recuperação física e psicológica da mulher e da família que de alguma forma foi obrigada a interrompê-la.

Apelamos assim a todos os Enfermeiros, para que de alguma forma se envolvam e participem no debate cívico, na promoção e na defesa da opção segura e terapêutica.

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